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  • Foto do escritorAdriana Leite

Exportações na RMC são as maiores em 10 anos

Região vendeu para o Exterior US$ 509,55 milhões em março deste ano


Viracopos: porta de entrada de insumos, terminal sentiu a baixa das importações das empresas da Região de Campinas.

O resultado da balança comercial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) mostra que aos poucos a economia dá mostras de melhora futura. As exportações de empresas localizadas na RMC foram as maiores dos últimos dez anos para o mês de março somando US$ 509,55 milhões. No acumulado de 12 meses, o volume chega a US$ 5,73 bilhões.


Análise do Observatório PUC-Campinas mostra que o resultado de março é 9,85% superior ao volume exportado no mesmo mês no ano passado. A comercialização de produtos locais em outros países veio crescendo nos três primeiros meses de 2023 e esse aumento do comércio exterior é apontado como uma tendência pelo professor Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pela avaliação da balança comercial.


O detalhamento das informações aponta que os produtos que puxaram para cima o valor exportado na RMC foram tratores (+108,83%), automóveis de passageiros (+ 39,75%) e medicamentos (+16,57%). Mas também foram registradas quedas como metais preciosos (-12,92%) e partes de motores (-29,28%).


Na análise dos últimos 12 meses, os principais compradores dos produtos da região foram Argentina, Estados Unidos, México, Alemanha, Chile, Colômbia, China, Paraguai, Peru e Bélgica. As cidades que mais exportaram foram Campinas, Paulínia, Indaiatuba, Americana, Vinhedo, Sumaré, Santa Bárbara d´Oeste, Itatiba, Valinhos e Cosmópolis.


Se o recorte é pela complexidade dos produtos exportados, ou seja, grau de sofisticação da produção e do bem comercializado para o exterior, em quase todas as categorias houve alta nas vendas – baixa complexidade (+56,73%), média-baixa complexidade (+66,63%) e média-alta complexidade (+2,43%). Apenas alta complexidade apresentou queda de 4,43%.


Importações e saldo comercial


Campinas é uma região que importa muitos insumos para produção. Mas houve uma queda em março de 6,73% em relação ao ano passado. O valor passou de US$ 1,42 bilhão para US$ 1,33 bilhão. Com isso, o saldo da balança comercial apresentou uma baixa de 14,7% frente a março do ano passado. O déficit fechou o terceiro mês do ano em US$ 823,36 milhões. No acumulado de 12 meses, o saldo negativo ficou em US$ 12,29 bilhões.


“As importações atingiram a marca dos 18,03 bilhões de dólares, enquanto as exportações somaram 5,73 bilhões de dólares. O desequilíbrio entre importações e exportações rendeu um déficit comercial regional de menos 12,29 bilhões de dólares”, informou Paulo Ricardo da Silva Oliveira, no estudo completo disponibilizado no Observatório PUC-Campinas.

Viracopos


O Aeroporto Internacional de Viracopos apresentou estabilidade no volume de cargas domésticas e uma queda de 17,67% nas cargas internacionais no Terminal de Cargas (Teca) na soma dos três primeiros meses deste ano em relação ao trimestre inicial de 2022.


De acordo com dados da Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), que administra o terminal de Campinas, foram movimentadas 22.139 toneladas de cargas domésticas neste ano frente a 22.158 toneladas em igual período do ano passado.


Nas cargas internacionais (exportação e importação), a diferença foi bem maior. O volume recuou de 63.812 toneladas para 52.535 toneladas. Durante a pandemia, Viracopos atraiu a remessa de produtos que saiam por modais como navios e porão de aeronaves de transporte de passageiros.


Com a volta à normalidade, a tendência era de que parte desses novos clientes voltasse para o modal de origem. Além disso, houve a redução das importações de insumos pelas empresas da RMC. O terminal é a porta de entrada de cargas de alto valor agregado e um decréscimo na compra de insumos pelas companhias locais sempre reflete no movimento de Viracopos.

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