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  • Foto do escritorCarolina Constantino

Fazer o certo. Simples assim.




Essa é uma de tantas frases que ouvia lá em casa desde que me entendo por gente. Faz parte daquela “série básica de educação”, a qual todo professor sempre se refere revirando os olhos e pondo a mão na cabeça quando precisa corrigir um comportamento em classe fora de suas atribuições.


Esse ensinamento não está nas apostilas e tão menos é conteúdo de prova. É considerado tão básico e fundamental, que na escola, o primeiro contato formal que temos com a sociedade, já nos é colocado como um requisito.


Fazer o certo é, portanto, uma atitude simples e quase que instintiva, capaz de ser facilmente compreendida por uma criança de 4 anos, certo?



Sem dúvida. A questão é quando nos tornamos adultos e descobrimos que a farinha é pouca. E na corrida para o pirão de todo o dia, vale tudo para garantir o próprio, porque não há castigos e nem puxões de orelhas, caso dermos uma escorregada aqui, uma puxadinha de tapete ali, um jeitinho acolá, não é?


Infelizmente, esse comportamento ainda faz parte de nossa cultura. Mas, acredito na mudança. E fico esperançosa em ver que estamos caminhando – a passos de formiga, mas caminhando – para outra realidade. Uma realidade trazida por pessoas empoderadas e empresários influentes que resolveram fazer diferença nesse quadro, mostrando que é possível sim, ser bem-sucedido e fazer o certo. Mais do que isso: já demonstraram que não é mais possível ser bem-sucedido, sem fazer o certo, porque o certo é condição fundamental para a sustentabilidade.


E esse é o ponto central que temos que ter em mente hoje quando falamos em Responsabilidade Social Corporativa, Sustentabilidade nos Negócios, Pactos Globais, Advocacy, Políticas Afirmativas e, agora, o mais novo queridinho de todos – o ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).


Quando temos o certo como base de nossas ações, começamos a ir além do nosso negócio. Acredito que essa premissa tem conduzido empresas, organizações e instituições a pensarem de forma mais ampla e apoiarem toda a cadeia, cuidando para que as pessoas envolvidas direta ou indiretamente no negócio possam fazer parte, terem acesso e estarem na conversa.


E aí, a mágica acontece. Com o poder único que têm de poderem fazer transformações significativas na sociedade (falarei mais sobre isso num próximo artigo), esses agentes bem-sucedidos podem e devem ser responsáveis pelas grandes ações que tornarão nosso mundo um lugar melhor para todos.


De volta para a Terra e para 2021, sei que ainda vivemos num mercado desafiador, que

enfrenta muitos conflitos quando dinheiro e poder estão na mesa. Fazer o certo exige paciência, humildade, escuta, persistência e resiliência. Sei que verei muitas empresas tendo suas reputações e negócios destruídos por não praticarem essa condição essencial. Mas acredito que com o tempo, maturidade e a efetividade nos negócios se mostrar favorável a esse tipo de conduta, fazer o certo será tão certo quanto o sol que nascerá amanhã. Simples, assim.



Carolina Constantino é jornalista e especialista em Gestão da Reputação, com foco em Cultura Organizacional, Comunicação Estratégica, Sustentabilidade (ESG) e Gerenciamento de Crises. Saiba mais sobre o colunista na página Sobre


As opiniões aqui expostas refletem a visão do autor do artigo e, não necessariamente, do blog. Esse é um espaço plural para debate amplo de ideias.



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