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Foto do escritorAdriana Leite

A picadinha que salva vidas e a economia


Foto: Divulgação/GESP

Neste momento em que escrevo este texto milhares de pessoas estão morrendo em decorrência das complicações da Covid-19 no mundo. Elas não são apenas números. São pessoas. São pais, São mães. São avós e avôs. São filhos. São netos. São trabalhadores. São empresários. São consumidores. São contribuintes.


Sem falar nas mortes, é necessário observar quanto a pandemia já custou para a saúde em todo mundo, que ultrapassa a casa dos bilhões de dólares. Estudo do Bank of America aponta que os países do G-20 já injetaram US$ 21,9 trilhões para estimular a economia durante a crise sanitária. Estamos em uma corrida contra o tempo para salvar vidas e garantir o futuro do mundo que virá depois do novo coronavírus.


Estudo do Banco Mundial mostra que uma vacinação ampla contra o coronavírus no mundo evitaria perdas de US$ 3,4 trilhões. Imaginem que é quase dois PIB do Brasil (estimado pela instituição financeira internacional em US$ 1,8 trilhão em 2019). O valor que o mundo deixaria de perder equivale a 3,7% do PIB do planeta.


A vacinação contra a Covid-19 deveria estar no topo das preocupações dos governos em todo mundo. Sem a imunização da população mundial continuaremos vivendo os ciclos da doença, cujo vírus passa por mutações que podem ser mais contagiosas e letais.


Não existirá volta à normalidade e retomada econômica sem que a vacinação em massa seja uma política de Estado para reduzir mortes, diminuir o contágio e promover o crescimento da economia com geração de postos de trabalho, riqueza e impostos.


Sim, é bom lembrar aos governantes que jogar contra a imunização é manter a economia em baixo crescimento, elevar os gastos com saúde pública, aumentar os benefícios pagos pela previdência como auxílio-doença e pensões por morte, arrecadar menos impostos, afugentar investimentos, perder postos de trabalho, aumentar as falências de empresas e isolar o país do restante do mundo desenvolvido que quer sair logo da crise sanitária.


Já passou da hora de colocar na ponta do lápis quanto se ganha ou se perde quando as decisões são pautas por orientações técnicas e científicas, e não por ideologias, convicções pessoais e autoritarismo.


A picadinha da vacina contra a Covid-19 deve ser mais eficiente do que manter uma postura irresponsável que continue promovendo a perda de vidas, a estagnação econômica e provocando a falta de credibilidade do Brasil.

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