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Trabalhador de Campinas tem salário médio de admissão acima de R$ 2,3 mil

Foto do escritor: Adriana LeiteAdriana Leite

A média salarial dos vencimentos nas contratações é superior ao valor médio no Brasil


Queda: saldo de contratações com carteira assinada em Campinas no ano passado ficou 34,4% menor do que em 2021.

O mercado de trabalho sofre nos últimos anos com cortes de postos, poucas chances de recolocação e salários mais baixos do que o patamar de antes da pandemia. Aos poucos, a dinâmica de contratações está ganhando força. Balanço apresentado no Boletim do Emprego e da Qualificação do Observatório do Trabalho de Campinas mostra que a média salarial das admissões atingiu R$ 2.310,13 em dezembro de 2022.


O valor ficou R$ 394,97 acima da média nacional de R$ 1.915,16. Mesmo com cenário melhor do que o brasileiro, todas as faixas salariais fecharam com saldo negativo, segundo o estudo do Observatório. O documento mostra que 82% dos admitidos no ano passado ganharam até dois salários mínimos. Apenas 3% dos contratados tinham salários acima de cinco salários mínimos.


O saldo de empregos no ano de 2022 foi de 14.642 novas admissões com carteira assinada. De acordo com o balanço, foram 218.794 contratações e 204.152 demissões com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado de 2022 ficou 34,4% menor do que 2021.


Para quem está em busca de uma chance de trabalho, os números não representam muita coisa diante do sufoco de bater nas portas das empresas e nenhuma delas se abrir. “Estou desempregada há seis meses. Sempre trabalhei em produção de empresas. Mas está complicado voltar para uma firma por conta da idade e da falta de vagas. Quando surge alguma coisa, preferem gente mais nova e pagando bem menos”, lamenta a operária, Maria Antônia Firmino, que aos 40 anos já sente o peso do preconceito etário do mercado de trabalho.

Ângelo Marques, de 35 anos, conseguiu, depois de meses de procura, um trabalho com carteira assinada como ajudante geral. “Não foi fácil me recolocar no mercado de trabalho, mas, graças a Deus, eu consegui. O salário dá para pagar as contas. Ninguém paga bem mais, não”, afirma.

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