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Foto do escritorAdriana Leite

Guerra na Ucrânia vai pressionar ainda mais a inflação no Brasil

Atualizado: 29 de mar. de 2022

Economistas projetam novos aumentos de preços, principalmente nos alimentos e combustíveis


Guerra na Ucrânia: conflito vai afetar a economia brasileira com alta de preços de alimentos e combustíveis

A Ucrânia fica há mais de 11,3 mil quilômetros do Brasil e tem um oceano separando os dois países. Mas a terrível guerra provocada pela invasão da Rússia no país do Leste Europeu terá impacto na economia brasileira.


Se o ano de 2021 trouxe de volta a inflação de dois dígitos, o cenário de instabilidade gerado pelo conflito vai pressionar ainda mais os preços no país, principalmente nos alimentos e combustíveis. Lembrando que o IPCA do ano passado fechou em 10,06%.


A pressão inflacionária acaba contaminando toda a economia. Além da perspectiva de mais altas de preços, a guerra pode mexer com indicadores como os juros. A subida da inflação no ano passado já fez o Banco Central elevar a Selic – taxa básica de juros no Brasil - de 2,75% ao ano (março) para 9,25% ao ano (dezembro).


Economistas preveem mais mexidas nos juros, que encarece o crediário, os financiamentos e o custo do dinheiro para as empresas. No Boletim Focus do BC, os grandes bancos e instituições financeiras projetam a Selic em 12,25% ao ano até o final de 2022.


“O principal temor e efeito vai ser, justamente, uma pressão inflacionária ainda maior. Em um país como o Brasil, que já está com uma taxa de juros alta, possivelmente, o Banco Central vai ter que pensar em uma política de aumento de juros. Não que essa seja a política mais adequada, já que a inflação é de custo e não por demanda interna em alta”, analisa o professor professor de Economia e economista do Observatório da PUC-Campinas, Paulo Ricardo da Silva Oliveira.

Ele destaca que na conta da inflação é preciso acrescentar a desvalorização do real frente ao dólar e também a elevação dos preços dos combustíveis. “Com a guerra na Ucrânia, devemos ver um aumento no preço dos grãos porque a Rússia e a Ucrânia são grandes produtoras de trigo. Produtos como pãozinho e massas devem ter aumento”, aponta o economista.


Outro ponto frisado pelo especialista é a importação de adubos da Rússia pelo Brasil. Para ele, o agronegócio brasileiro será um dos setores mais afetados pela guerra no país. “Mesmo que não sejam adotadas sanções pelo Brasil contra a Rússia, em uma guerra há redução da produção industrial dos países envolvidos no conflito. O caminho é buscar com rapidez novos fornecedores que tenham capacidade de atender a demanda brasileira”, diz o Paulo Ricardo da Silva Oliveira.







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