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  • Foto do escritorAdriana Leite

Projeto investe R$ 6 mi em tecnologia para bateria de carro elétrico

Inovação que nasce de parceira do CPQD, CPFL e BYD dará “segunda vida” para esse componente do veículo


Ônibus elétrico da BYD
Pesquisa: bateria usada de veículos elétricos pode ganhar sobrevida de até 10 anos se utilizada em outra aplicação.

A ampliação do uso do carro elétrico é uma meta perseguida pela indústria automobilística, concessionárias de energia elétrica e mesmo governos que querem reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Em Campinas, o CPQD em parceria com a CPFL Energia e a montadora BYD desenvolve um projeto para dar uma destinação correta para as baterias que já não servem mais para serem usadas nos veículos elétricos. A iniciativa recebe R$ 6 milhões em investimentos.


De acordo com o CPQD, a vida útil de uma bateria de carro elétrico é de oito a dez anos. Depois desse período, os componentes vão perdendo a capacidade de chegar à carga máxima. O problema gera redução da autonomia de rodagem do veículo que não consegue mais ter a mesma eficiência. O dilema atual é o que fazer com as baterias de lítio-íon para reaproveitá-las e evitar impacto sobre o meio ambiente.


Em nota, o CPQD informou que os recursos para o desenvolvimento da inovação fazem parte do Projeto Second Life que está dentro da chamada estratégica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre Mobilidade Elétrica. Nos R$ 6 milhões estão computados aportes de empresas envolvidas na Rede de Inovação do Setor Elétrico (Rise).


O gerente de Soluções em Sistemas de Energia do CPQD, Aristides Ferreira, afirmou que “o objetivo é desenvolver uma solução destinada a dar uma segunda vida para baterias de lítio-íon usadas em veículos elétricos”. Os pesquisadores querem criar uma tecnologia que possibilite mais cinco a dez anos de uso em aplicações diferentes, como o armazenamento de energia gerada por sistemas fotovoltaicos e outras fontes intermitentes.


Em nota, o pesquisador da área de Sistemas de Energia do CPQD, Vitor Arioli, explica que o primeiro passo do projeto foi a realização em laboratório de ensaios e medições em baterias de ônibus elétricos degradadas fornecidas pela BYD.


“A bateria de lítio-íon é composta por várias células, que formam um pac. O trabalho no laboratório envolveu a análise de cerca de 500 células fornecidas pela BYD e, com base nisso, desenvolvemos uma metodologia para avaliação e seleção das células mais adequadas para compor uma bateria de segunda vida”, aponta Arioli.

Com o avanço do estudo, os pesquisadores criaram algoritmos e um protótipo da própria bateria de segunda vida. Foram realizadas uma prova de conceito (PoC) no CPQD e uma série de testes de ciclagem. O próximo passo é uma PoC na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que possui uma planta de geração de energia fotovoltaica.


A previsão é que a prova de conceito termine em setembro. Depois dessa fase e da análise dos resultados, a nova tecnologia estará pronta, segundo o CPQD, para ser transferida para a empresa responsável pela fabricação e comercialização da bateria de segunda vida.

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