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Foto do escritorAdriana Leite

A hora e a vez do e-commerce

Com as restrições impostas ao atendimento nas lojas físicas, o e-commerce disparou em 2020 e mostrou que as vendas pela internet estão em alta. Mas o varejo está preparado?



O isolamento social trouxe um problemão para o comércio que viu as portas das lojas ficarem fechadas e milhares de estabelecimentos irem à falência. Quem se salvou teve que aprender a usar os meios digitais para vender seus produtos e adaptou a logística para entregar na casa do comprador ou em sistema drive-thru – que o consumidor passava na loja e já recebia o pacote pronto. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o e-commerce quase dobrou no ano passado sobre 2019 e fechou 2020 com faturamento de R$ 750 milhões.


E as perspectivas para 2021 continuam boas para as vendas online. Como a pandemia ainda assombra o mundo, o jeito é usar o computador, o tablet e o celular para comprar. Até mesmo as grandes redes, que já exploravam o comércio digital, tiveram que se adaptar rapidamente ao novo cenário, que impactou os sistemas eletrônicos com um volume gigantesco de vendas no e-commerce e também a logística de entrega. Não foi uma transformação fácil e nem todo mundo estava preparado para isso.


Avaliação da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), com base nas vendas de 2020, mostra que o e-commerce subiu de R$ 382 milhões na região de Campinas em 2019 para R$ 750 milhões no ano passado – alta de 96,3%. Ações promocionais como a Black Friday reforçaram ainda mais o peso do comércio eletrônico no varejo atual. Quem não estiver bem posicionado no mundo digital ficará fora do mercado.


“Um legado da pandemia é a dinamização e a forte expansão do comércio digital. As vendas pela internet subiram muito em 2020 e vão continuar fortes para 2021. O futuro do varejo passa pelo e-commerce. É obrigatório hoje estar bem posicionado no mundo digital”, analisa o coordenador do Departamento de Economia da Acic, Laerte Martins.

Tombo


Mesmo com o e-commerce em alta, o movimento das vendas pela internet não foi suficiente para evitar um tombo histórico. O faturamento do comércio na região de Campinas caiu R$ 6 bilhões em 2020. Setores como bares e restaurantes, turismo, vestuário e calçados amargaram vendas bem abaixo de anos anteriores. E não está nada fácil recuperar o fôlego porque a pandemia não dá trégua.


“O vestuário sozinho teve uma perda de quase 13,5%. E esse segmento tem um grande peso no comércio de Campinas e região. Os números começam a se estabilizar agora. Mas a estabilidade é em um nível de baixa e não de alta. Este ano não deve ser muito diferente de 2020. Mesmo com a vacina, a recuperação da economia será lenta. E como ainda existe essa dúvida se vão criar um novo auxílio emergencial, o quadro é bem ruim. Há muitos desempregados. E mesmo quem está empregado está ganhando menos”, afirma Laerte Martins.

 



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